Oportunidade única de mergulhar na construção de marionetas de espuma com Pascale Blaison, que tem desenvolvido um trabalho singular como construtora de marionetas, manipuladora e atriz junto de reputadas companhias de teatro, dança e marionetas, como as companhias Philippe Genty ou Plexus Polaire, que se tem apresentado no FIMFA com as suas marionetas de tamanho humano, ou na formação, em instituições como a École Supérieure des Arts de la Marionnette de Charleville-Mézières.
Pascale Blaison partilha a sua experiência na construção de marionetas em espuma, um material com um vasto leque de possibilidades. A espuma possui qualidades mecânicas e de resistência muito variadas. Esta matéria-prima, embora possa não ser muito atrativa, tem um potencial plástico que interessa ao manipulador e construtor de marionetas. Fácil de trabalhar, permite obter um resultado expressivo e que pode ser animado, sem necessidade de articulações ou de varas de controlo.
Esculpir diretamente é uma experiência semelhante à arqueologia. Trata-se de extrair uma forma que estava incorporada num material. A vantagem do escultor é que ele sabe o que procura.
DESTINATÁRIOS: Marionetistas, atores, cenógrafos, artistas plásticos, profissionais e estudantes de artes performativas (não é necessária experiência prévia em escultura)
N.º DE PARTICIPANTES: 12
IDIOMA: Inglês
DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO: 1 de abril de 2025
INFO E INSCRIÇÕES: A inscrição é realizada através do preenchimento da ficha de inscrição no Google Forms ou em formato doc – neste caso deve ser enviada para: projectofunicular@gmail.com ou atarumba@gmail.com
Seleção por ordem de inscrição. Após análise da inscrição é comunicada a sua aceitação e indicada a forma de pagamento do workshop por transferência efetuada até à data indicada.
Material que os participantes devem trazer:
-Marcadores permanentes, X-atos, lápis, régua, esquadro, tesoura.
-Roupa confortável.
“Uma vez construída a marioneta, como é que a podemos mover no espaço? A marioneta exerce um fascínio devido à sua transposição imediata (…). Toca o inconsciente e o fantástico. O marionetista é um escultor de esculturas em movimento.”
-Pascale Blaison
Primeira etapa: Desenhar a personagem
“Desenhamos a figura de frente e de perfil, e depois recortamo-la. Tal como um molde de costureira, este modelo servirá de referência ao longo de todo o trabalho.
Materiais: papel, lápis, régua, esquadro.”
Segunda etapa: Passar para 3D
“Após cortarmos um cubo de espuma, com as dimensões necessárias para cada participante, transferimos os moldes (silhuetas desenhadas e recortadas), contornando-os nas faces do cubo. Podemos então imaginar a personagem no interior. De seguida, a escultura começa pelo corte de todas as partes de espuma que estão fora do contorno. Pouco a pouco, e em camadas sucessivas, o material é retirado para revelar a personagem (“mergulhamos na espuma”). Para nos orientarmos, vamos colocando constantemente o molde sobre o volume, cada vez mais esculpido. Utilizamos marcadores, lâminas de corte e tesouras para maior precisão e para o alisamento. Aprendemos o gesto ligado a cada ferramenta.”
Terceira fase: Os acabamentos
“Os acabamentos devem otimizar as qualidades expressivas da escultura, não se trata apenas de decorar. Podemos acrescentar olhos brilhantes para dar mais vida ao olhar. Algumas sombras na pintura, ou indicações de tonalidades para os figurinos ou para os cabelos.”
BIO
Apaixonada tanto pelas artes plásticas como pelo teatro, Pascale Blaison começou por ser atriz em Nimes, onde nasceu. Em 1982 mudou-se para Paris e entrou na École Jacques Lecoq.
Teve então um encontro decisivo com Philippe Genty, que a formou na construção e manipulação de marionetas inspiradas no Bunraku japonês. Integra a sua companhia e participa na criação de Dérives, em 1989, no Théâtre de la Ville, seguida de uma digressão internacional durante quatro temporadas.
Desde então, tem trabalhado regularmente como construtora, manipuladora e atriz em várias companhias de teatro, dança e marionetas, como a companhia Plexus Polaire, que se tem apresentado regularmente no FIMFA, com as suas marionetas de tamanho humano, ou Théâtre du Frêne, Nada Théâtre, Théâtre de la Véranda, Théâtre du Nord, L’Equipée, Toda Via, Le Fracas, Johanny Bert – Théâtre de Romette ou La Nef – Manufacture d’Utopies.
Também transmite a sua experiência como manipuladora-construtora na École Supérieure des Arts de la Marionnette de Charleville-Mézières – ESNAM, Tas de Sable em Amiens, La Nef, TMN, entre outras escolas parisienses.